quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Vice-Presidente Michel Temer em Curitiba


  


Participei na manhã desta quinta-feira (28/01) em Curitiba de  reunião entre lideranças empresariais e representantes de entidades com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), em um hotel de Curitiba. Também estavam presentes o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha, o senador Roberto Requião, deputado Requião Filho, além de deputados estaduais e federais. O vice-presidente da República disse que a Operação Lava Jato não pode ser algo que toma conta do país. Pela capital paranaense, ele começou o trabalho para costurar a reeleição ao cargo de presidente do PMDB – posição que ocupa desde 2001. "Não se deve tomar a Lava Jato como algo que deve tomar conta do país. Ela toma conta, sim, das funções do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público, que estão agindo segundo suas competências constitucionais, mas isso não deve embaraçar a administração  e a atividade política do país, que hoje é um estado democrático de direito", afirmou. Temer garantiu ainda que, caso as investigações comprovem os devios de dinheiro da Petrobrás, verá tudo com "olhos de quem vê escândalo". Por fim, o vice-presidente acrescentou que vê a Lava Jato como um momento democrático do país, 30 anos após a redemocratização. "Temos que esperar as apurações, o que vem sendo feito com muita racionalidade e tranquilidade. Significa que as instituições do país estão funcionando. Se não estivessem, não haveria essas apurações", argumentou. Quanto à crise, Temer disse que a união de todos é necessária. "Já propus muitas vezes que o Brasil pacifique suas relações na sociedade. Não é possível que caminhemos para uma divisão no Brasil entre A, B, C e D. O Brasil tem uma crise e ninguém ignora esse fato", disse. Ainda de acordo com o vice-presidente, este também deve ser o tom da primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico, o Conselhão,  que faz parte da estratégia do governo federal para encontrar alternativas para superar a crise. "Hoje ainda, a senhora presidente vai pleitear isso, uma pacificação do país. Precisamos da colaboração da iniciativa privada, dos trabalhadores e de todos os setores. Sem essa unidade não é fácil driblar a crise", afirmou. Ainda nesta quinta-feira, o vice-presidente vai para Florianópolis onde tem compromissos semelhantes. A eleição para presidente do partido ocorrerá em março, durante a convenção nacional da legenda, em Brasília. Por enquanto, ele é o candidato único ao cargo. O intuito desta caravana de Temer, que ainda passará por estados do nordeste, é também entusiasmar o partido para que lance candidatos próprios nas eleições deste ano. "Queremos que os nossos candidatos tenham um programa do PMDB para anunciar. É exatamente a questão de estabelecer no Brasil uma verdadeira federação. Porque no Brasil a federação não é só de estados, mas também de municípios. Precisamos prestigiar os municípios para, quem sabe, termos uma grande reforma da federação brasileira". concluiu. Temer ainda afirmou que o PMDB tem poder político para uma candidatura própria à Presidência da República em 2018. "Nós temos o maior número de governadores, maior número de prefeitos, maior número de vereadores, maior número de deputados estaduais, maior número de deputados federais, maior número de senadores, temos o vice-presidente da República, modestamente. Temos a presidência da Câmara, a do Senado, e não temos poder político no país? Nós temos poder político, sim, para eleger o maior número de prefeitos e o presidente da República em 2018".

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